Peelings Químicos Superficiais

PEELING QUÍMICO

Peeling é uma palavra inglesa que significa despelar, descamar, esfoliar, tirar a pele.

É uma forma de esfoliação acelerada induzida por diversos agentes químicos ácidos ou físicos.

A aplicação resulta em destruição controlada de porções da epiderme e/ou derme com consequente regeneração e melhora da vascularização e ainda aumento da produção de colágeno cutâneo.

A profundidade do peeling é determinada em função da patologia a ser tratada.

Manchas escuras, rugas finas, envelhecimento, acne e estrias são boas indicações para peelings superficiais e médios.

Alguns exemplos desses ácidos são o glicólico, retinóico, mandélico, pirúvico, tricloroacético, salicílico, resorcina e fenol e suas concentrações variam de acordo com a profundidade desejada do peeling.  Além disso, estes podem ser combinados.

Quanto mais superficial o peeling, menores são os riscos de complicações, mais rápida é a recuperação, porém com resultados menos significativos.

Em média são necessários de 3 a 5 peelings com intervalo que pode variar de 7 a 15 dias para os superficiais.

O ideal é que a pele seja preparada com ácidos em concentrações menores diariamente em casa, previamente ao peeling por 2 semanas, em geral.

Utilizar foto proteção durante todo o tratamento, inclusive na fase domiciliar é mandatório.

Manter a pele bem hidratada e evitar exposição solar durante o tratamento.

PEELING MÉDIO

Os peelings médios, em geral, são aplicados uma única vez, mas podem ser repetidos mensal, bi ou trimensalmente. Logo após sua aplicação, ocorre um branqueamento da pele, seguido por um eritema, que de 24 a 48 horas é substituído por escurecimento rosado da pele, de duração variável (média de uma semana).

A indicação desse peeling é para a pele fotoenvelhecida, melhorando rugas e sulcos suaves a moderados, para cicatrizes superficiais, queratoses actínicas e alguns casos de hiperpigmentação. O peeling médio mais utilizado é o de ácido tricloroacético 35% em associação com Solução de Jessner.

PEELING SUPERFICIAL

O Peeling é uma abrasão na pele (que é uma esfoliação mecânica da pele utilizando lixas manuais ou elétricas para remover leões superficiais, cicatrizes, manchas e lesões pré-cancerígenas. Podem também remover alguns pigmentos de tatuagens, total ou parcialmente). Tem ação cosmética e terapêutica. Visa a renovação da pele a partir da descamação de camadas mais superficiais da pele (epiderme e/ou derme superficial). Com esta descamação a pele é renovada a partir de camadas mais profundas, ficando com aspecto rejuvenescido – com menos manchas, rugas e melhor turgor.

A profundidade do peeling depende do tipo de ácido ou técnica utilizada. Quanto mais agressivo for o ácido, mais profundo será o peeling, com consequentes melhores resultados e maior risco de complicações.

Este peeling penetra muito superficialmente, por isso é utilizado no tratamento de sardas, para amenizar pequenas manchas e dar brilho à pele. A pele fica levemente escamativa, descamando em poucos dias, tendo poucas chances de efeitos colaterais graves.

Pode ser realizado com as seguintes substâncias:

Ácido retinóico – Retinóide, derivado da vitamina A, causa proliferação epidérmica e neocolagênese. Tem aspecto amarelado, sua aplicação deve ser homogênea em todo o rosto e permanecer por 6 a 12 horas, quando deve ser lavado.

Ácido glicólico – alfa hidroxiácido, utilizado na concentração de 40 a 70% com efeito epidermolítico. É tempo variado, devendo permanecer na face em média por 5 minutos. Após esse tempo deve ser neutralizado com água ou substâncias como bicarbonato de sódio, e em seguida lavado.

Ácido tricloroacético – peeling superficial, utilizado 10 a 30%; médio 30 a 40%; profundo 50%. É o agente mais utilizado para peelings e pode ser usado em associações com outros agentes. Após sua aplicação, ocorre um “frost” (branqueamento) na face, devido à coagulação intensa das proteínas e quanto mais intensa, maior penetração. Não precisa ser neutralizado, mas devem ser feitas compressas calmantes durante o procedimento, a fim de aliviar o ardor que causa. Após o peeling, forma-se uma crosta aderente que se solta em média após uma semana.

Ácido salicílico – agente queratolítico, com aspecto claro transparente e homogêneo. Provoca um ardor intenso nos primeiros 2-3 minutos da aplicação, que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor diminui e não há mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser lavado. Pode ser realizado semanalmente, e é especialmente indicado para peles oleosas e acnéicas. Não deve ser realizado em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico.

Pasta de resorcina – manipulada, cujo principal ativo é a resorcina (derivada do fenol). Tem consistência pastosa com presença de grânulos e coloração de areia. O produto é aplicado com espátula, de forma homogênea em todo o rosto, devendo permanecer de 5 a 20 minutos. Pode ocorrer um leve ardor e sensação de formigamento, quando então a pasta deve ser retirada e o rosto lavado. Posteriormente, a face poderá apresentar um discreto eritema e descamação fina.

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